domingo, 7 de junho de 2009

Os postulados da economia clássica para Keynes


Os postulados da economia clássica


A economia clássica se preocupa muito com a distribuição dos recursos, sejam eles materiais ou humanos; porém ela não se aprofunda nos fatores que determinam o emprego efetivo.


Para Keynes a teoria clássica do emprego está baseada sobre dois postulados:

1) “O salário é igual ao produto marginal do trabalho”, isto é, o salário é igual ao valor que se perderia caso o trabalho fosse reduzido de uma unidade;

2) “A utilidade do salário, quando se emprega um dado volume de trabalho, é igual à desutilidade marginal desse mesmo volume de emprego”, isto é, o salário real é o volume necessário para que haja o “afluxo do volume de mão-de-obra” [1].


Keynes defende a idéia de que há desemprego involuntário, vide nos EUA em 1932. Para tanto afirma que tem como ocorrer uma oferta de mão-de-obra mesmo quando o salário real diminui (ou seja, quando sobem os preços do “consumo operário”), o que resulta no fato de que o “consumo operário” não dá a verdadeira medida da desutilidade marginal do trabalho. Em outras palavras, o segundo postulado clássico não é valido. São levantados dois problemas quanto a este postulado: o primeiro é sobre o comportamento dos trabalhadores; o segundo é sobre a rejeição do Keynes quanto a “hipótese de que o nível geral dos salários reais possa ser diretamente determinado pelo caráter das negociações sobre os salários”[2].
[1] Keynes, M. – Teoria Geral p. 18
[2] Keynes, M. – Teoria Geral p. 25

sexta-feira, 29 de maio de 2009

O papel da taxa de desconto do Banco da Inglaterra no gerenciamento do padrão ouro e no sistema financeiro Internacional entre 1890 - 1914





















Baseando nos textos de Eichengreen e Aglietta

Segundo Aglietta, a taxa de desconto do Banco da Inglaterra permitir que este exercesse uma regulação precisa sobre os câmbios. Portanto, sua taxa de desconto era uma poderosa alavanca. A estabilidade das taxas de câmbio e o alinhamento das taxas de juros estrangeiras com a taxa de desconto do Banco da Inglaterra estavam ligados a crença, indefectível por parte dos operadores de todo mundo, a paridade ouro da libra esterlina.

A oferta de moeda obedecia a uma dupla influência: de um lado, as autoridades monetárias tinham que defender a paridade ouro de suas divisas; de outro, os operadores privados davam por certo que as autoridades iam defender a paridade. Nessas condições, a taxa do Banco da a Inglaterra era efetivamente a diretriz. Quando a taxa de juros interna era superior a taxa diretriz, a arbitragem de juros desencadeava a entrada de capitais que aumentavam a oferta de moeda. Quando ele inferior, a arbitragem provocava a saída de capitais que reduziam a oferta de moeda. Se derivava um desequilíbrio no mercado monetário do país, excesso de oferta de moeda no primeiro caso, excesso de demanda de moeda no segundo, que fazia variar a taxa de juros interna para alinhá-la com a taxa diretriz.

Segundo o Eichengreen, através da manipulação de sua taxa de redesconto, o Banco Central podia intervir no volume de crédito doméstico. O banco de aumentar ou reduzir a disponibilidade de crédito para restaurar o equilíbrio do balanço de pagamentos sem que fosse necessário realizar a transferência de ouro. Quando uns bancos centrais, prevendo a perdas de ouro, elevava sua taxa de redesconto, reduzindo assim o seu estoque de ativos domésticos que lhe rendia juros, ocorreria um enxugamento do volume de dinheiro no mercado. Verifica-se uma redução no volume de dinheiro em circulação e o equilíbrio externo era restaurado sem necessidade de uma saída real de ouro do país.

sábado, 23 de maio de 2009

Usando o exemplo do mecanismo de arbitragem, através do funcionamento da Lei de Gresham.


Os países que adotaram padrão bimetálico faziam o papel de ligação entre os blocos de nações que praticavam, de um lado, o padrão ouro e, de outro, o padrão prata. Essa característica permitiu sistema de arbitragem, que é a tentativa de enriquecimento através da exploração de taxas de câmbio entre diferentes países.


Exemplo:“Um interessado poderio de importar 15,5 onças de prata e levá-la para casa dando é para se cunhadas. Em seguida, poderia trocar essa moeda de prata por outra contendo uma onça de ouro. Esse ouro poderia ser exportado e trocado por 16 a onças de prata nos mercados externos (uma vez de 16 para 1 era o preço lá vigente). Essa prática de arbitragem permitia não apenas recuperar investimentos como também obter meia a onça extra de prata."[1].


Tal movimento de metais em países com diferentes relações entre ouro e prata. Que continuou sendo incentivado enquanto houver uma relação de preços acima da proporção de sua utilização na cunhagem das respectivas moedas. Ou seja, nessa transação continuará até o momento em que a transação forneça um ganho que supere o valor do transporte e da diferença de preços dos metais entre os países. Essa realidade pode fazer com que a moeda boa seja expulsa pela moeda ruim, devido ao grande influxo do país. Como explica a Lei de Gresham.


Bibliografia:Eichengreen,B. Padrão Ouro. A Globalização do Capital. Pág 33, parágrafo 2.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

O princípio que fundamentou a unidade da moeda chave inglesa (Libra) frente à pluralidade de divisas, na visão de Aglietta.


Segundo Aglietta, o princípio que fundamenta a unidade da moeda chave inglesa frente a pluralidade de diversas foi o endividamento baseado na a assimetria de que os presidentes do país emissor são, ao mesmo tempo, devedores e credores dos não-residentes. Havia também a questão da confiança, no sentido de que os não-residentes devem ser credores seguros dos bancos emissores, que significa dizer que os credores não podiam deixar dúvidas em relação a suas intenções de conservar essas balanças líquidas no futuro; o ouro garantir a segurança.


Mas existia um sinal de fragilidade que afetava a confiança, e este sinal era dado através de indicadores estatísticos. Em 1913, todos acreditavam na libra como divisa chave. No entanto, a relação das reservas de ouro da Inglaterra e suas obrigações estrangeiras eram de 38%. A manutenção da confiança na moeda como divisa chave é baseada na seguridade de uma ordem econômica embasada na permanência dos compromissos privados, dentro e fora do país.


A moeda é o símbolo de uma civilização que exaltava a liberdade do indivíduo, a propriedade e o contrato. Assim, o ouro era, portanto, o símbolo da transcendência da ordem monetária frente às instituições estatais. Portanto, o mais importante era manter a conversibilidade do ouro, ou seja, o mais importante era preservar o valor nominal dos contratos em detrimento dos objetivos macroeconômicos.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

O papel de “pára-choques" desempenhado pelo sistema financeiro da Índia durante o funcionamento do padrão ouro de 1890-1914.


A Índia desempenhou um importante papel no sistema financeiro internacional no período 1890-1914. O sistema de compensação internacional implicava que o superávit comercial da Índia com o resto do mundo e seu déficit comercial com a Inglaterra permitiu que esta equilibrasse suas compensações de sua conta corrente do balanço de pagamentos.


Além disso, a Índia e também África do Sul eram os principais fornecedores de ouro, que era absorvido pela Inglaterra. Assim, o sistema monetário indiano fornecia uma grande massa de manobra que as autoridades britânicas poderiam utilizar formas a completar suas reservas e manter Londres como centro do sistema monetário internacional.


Por sua vez, o sistema monetário norte-americano neste mesmo período, atuava como desbalanceador do Padrão Ouro, ou seja, tinha uma posição oposta à da Índia. Não havia Banco Central nos EUA para regular as atividades econômicas nesse período, o centro financeiro era de Nova York. Portanto, todo ouro existente no país não era a colocado no sistema financeiro internacional. Os agentes econômicos, através dos bancos, tinham forte tendência a entesourar, isto é, todo ouro que entrava no país era retido pelos seus possuidores.
Bibliografia:
Baseando-se em Eichengreen e Aglietta,

domingo, 17 de maio de 2009

Economia Internacional - Padrão-Ouro Seculo XIX até a Primeira Guerra Mundial


O padrão-ouro foi o sistema monetário vigorante desde o século XIX até a Primeira Guerra Mundial e, basicamente, consistia na adoção, por parte das instituições financeiras de cada país que aderisse ao arranjo, de um preço fixo de sua moeda em relação ao ouro. Desse modo, as autoridades deveriam exigir dos bancos e demais instituições monetárias que negociassem seus passivos respeitando esse preço fixo em relação ao ouro, como forma de estabilizar a economia.
Em termos internacionais, o padrão-ouro significou a adoção de um regime cambial fixo por parte de praticamente todos os grandes países comerciais de sua época. Cada país se comprometeu em fixar o valor de sua moeda em relação a uma quantidade específica de ouro, e a realizar políticas monetárias, de compra e venda de ouro, de modo a preservar tal paridade definida.

Operando no regime de padrão-ouro, o banco central de cada país mantém grande parte de seus ativos de reserva internacional sob a forma de ouro. As diferenças entre as reservas de ouro sob a propriedade de cada país refletia, portanto, as suas necessidades comerciais. Pois, nesse padrão, os fluxos de ouro financiavam os desequilíbrios nas balanças de pagamentos de cada país. Se um país fosse deficitário em sua balança de pagamentos, isto é, se a soma de bens e serviços importados do exterior fosse superior à soma de bens e serviços exportados ao mesmo, o país deveria corrigir o déficit exportando ouro. Os países superavitários, por sua vez, tornavam-se importadores de ouro.

As “regras do jogo” prevalecentes no sistema de padrão-ouro eram simples: a quantidade de reservas de ouro do país determinava, portanto, a sua oferta monetária. Se um país fosse superavitário em sua balança de pagamentos, deveria importar ouro dos países deficitários. Isso elevaria sua oferta interna de moeda, levando a uma expansão da base monetária, o que provocaria um aumento de preços que, no final das contas, tiraria competitividade de seus produtos nos mercados internacionais, freando assim, novos superávits. Já se o país fosse deficitário na balança comercial, exportaria ouro, sofreria contração monetária, seus preços internos baixariam e, no final das contas, aumentaria a competitividade de seus produtos no exterior..

Em resumo, o padrão-ouro visava uma situação de equilíbrio na economia internacional de modo que cada país mantivesse uma base monetária consistente com a paridade cambial, mantendo assim uma balança comercial equilibrada.

Durante a Primeira Guerra Mundial, a maioria dos países abandonou o padrão-ouro, principalmente devido às expansões monetárias e fiscais realizadas por eles durante a guerra, as quais desequilibraram enormemente o comércio internacional.

sábado, 16 de maio de 2009

Fontes renovável - Bibliografia - 7/7





Bibliografia:


REIS, Lineu Belico dos; SILVEIRA, Semida. Energia Elétrica para o Desenvolvimento Sustentável. São Paulo, Edusp, 2000


REIS, Lineu Belico dos; Geração de Energia Elétrica. São Paulo, Manolo, 2003MILARÉ, E.; BENJAMIN, A. Estudo de Impacto ambiental. São Paulo, RT,1993


Sites:


















Fontes renovável - Conclusões- 6/7


Conclusão

Em 2007, o investimento global em energias renováveis registrou um crescimento de 60%. Segundo o relatório da ONU, as fontes eólica e solar receberam US$ 148 bilhões, com destaque para o Brasil, Índia e China, os quais receberam 22% dos investimentos mundiais, equivalendo a US$ 26 bilhões. Enquanto China e Índia desenvolveram o setor de energia eólica, o Brasil tenta manter o cenário de renovável às custas de grandes hidrelétricas e etanol.

Além disso, de acordo com o relatório, a energia eólica atraiu a maior parte dos aportes (US$ 50,2 bilhões de dólares). Dessa forma, a potência instalada no mundo saltou de 1,9 GW em 1990 para 39 GW em 2003. Isso foi possível graças à redução do custo da energia eólica, em 1982 estava em torno de 3.500 Euros por kW, enquanto em 2002 caiu para 1.100 Euros.

Entretanto, em muitas regiões, como no Brasil, o período de melhores ventos é diferente do período de cheias, portanto, esta fonte pode ser empregada de forma complementar à hidroeletricidade. Em países com matrizes energéticas fortemente dependentes de termoeletricidade, a difusão do uso de energia eólica pode significar uma grande redução das emissões de gases.

Sendo assim, as hidrelétricas têm sido bastante questionadas quando se trata de grandes aproveitamentos, uma vez que quando suas bacias de reservatórios são grandes e acabam inundando vegetações, elas podem levar a grandes emissões de gases. Além disso, a construção de suas bacias pode requerer grandes deslocamentos de pessoas. Por essas razões, organismos internacionais praticamente cortaram linhas de financiamento para grandes hidrelétricas há algum tempo.

No entanto, o mercado que mais cresceu foi o de energia solar. O segmento recebeu cerca de US$ 28,6 bilhões, três vezes mais que em 2004. Vários países vêm adotando programas agressivos visando a sua massificação. Há no mundo cerca de 62 milhões de m2 de coletores, mais da metade na China, cerca de 25% na UE e cerca de 20% no Japão. Isso foi possível graças a sua redução do seu custo, em 1982 era cerca de 13.000 Euros e em 2002 caiu para cerca de 6.000 Euros.

Já a energia solar fotovoltaica vem recebendo massivos incentivos de países desenvolvidos, uma vez que uma pequena área do planeta permite suprir as necessidades energéticas da humanidade. Dessa forma, nos últimos anos, o Japão, países europeus e os EUA vêm aumentando significativamente o uso de painéis fotovoltaicos conectados à rede, que dispensam a necessidade do uso de baterias. Sendo assim, a produção mundial de células fotovoltaicas em 2003 foi de 742 MWp, 40 % maior que a de 2002.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Fontes renovável - Outros países - 5/7




Índia


Sendo a Índia o terceiro país em consumo energético, ficando atrás apenas da China e do Japão, possui 66% de sua capacidade energética devido a usinas termais de carvão, 26% com unidades impulsionadas por gás ou petróleo, e o 8% restante com usinas nucleares ou de energias renováveis. Dessa forma, Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD) impulsionou recentemente o uso de energia renovável na Índia com um empréstimo de US$ 79,3 milhões à empresa Tata Power, para construir duas instalações de energia eólica no estado de Maharashtra. Sendo assim, espera – se que as centrais eólicas a serem construídas produzam cerca de 100 MW de potência.

Além disso, o BAD pretende criar um Fundo de Cooperação para o Financiamento de Energia Limpa, ao qual espera destinar US$ 250 milhões para o desenvolvimento destas energias na Ásia. Nesse sentido, o fundo convida os associados para o desenvolvimento do BAD a cooperar no financiamento de projetos de energia limpa na região, uma vez que aportam uma plataforma para acolher subvenções, empréstimos, garantias e outros tipos de contribuição para projetos de energia limpa. Segundo a instituição, o crescimento da população e a industrialização na região da Ásia e do Pacífico leva a um rápido aumento na demanda de serviços energéticos.


Contudo, esse projeto participa dos esforços internacionais para impulsionar o desenvolvimento de energias renováveis, contribuindo para a redução da emissão de gases causadores do efeito estufa. Uma vez que, as centrais eólicas contribuirão para reduzir em 2,6 milhões de toneladas as emissões de dióxido de carbono na atmosfera durante os 20 anos de vida mínima dessas centrais.

Coréia do Sul

A Coréia do Sul possui 20 reatores nucleares em operação que produziram, em 2007, 35,3% da energia consumida no país.


Estão sendo construídas mais 6 usinas com a previsão de um incremento de 30 GW até 2015. Cerca de 4.000 MW se encontram em construção e mais 2.000 MW já têm seus contratos assinados.


Até 2020, segundo o governo coreano, deverá construir mais 8 usinas nucleares. Essa iniciativa do país está sendo realizada devido ao elevado consumo de eletricidade, sendo que em 2004 o consumo per capita já era três vezes maior do que o do Brasil.


A política energética do país privilegia as iniciativas nucleares levando em consideração a segurança e a confiabilidade do suprimento de energia, uma vez que o país não dispõe de fontes renováveis em seu território.

sábado, 7 de março de 2009

Fontes renovável - Japão - 4/7



Japão

Em 2007, o Japão produziu cerca de 27,6% da energia do país através de 55 reatores nucleares em operação. Além disso, 4 usinas estão sendo construídas para atender a demanda japonesa. Ademais, em maio de 2006, o Instituto Japonês de Economia (IEEJ) informou que a energia elétrica no Japão até 2030 deverá ser de 40% de fonte nuclear, sendo para isso necessário construir no mínimo mais 10 unidades.


O país reprocessava seu resíduo nuclear em usinas da França e da Inglaterra. Porém, em março de 2006, foi iniciado um teste da usina japonesa de reprocessamento de combustível irradiado na ilha de Honshu. Contudo, a operação comercial teve início nesse ano com o reprocessamento de 800 toneladas de urânio irradiado e a produção de 4 toneladas de plutônio. A junção dessas duas substâncias será convertida em combustível MOX e direcionada para as usinas nucleares do país.


Nesse sentido, Tokyo lançou recentemente uma nova meta ambiental: ter 20% de sua produção energética proveniente de fontes renováveis. Atualmente, apenas 2,7% do total da demanda energética da cidade são de fontes limpas.


Sendo assim, com a "Meta de Energias Renováveis de Tokyo", o governo pretende promover o design de casas com melhor aproveitamento de fontes renováveis e o uso de aquecimento solar doméstico. Essa postura foi adotada, pois a capital do país concentra 10% da população e das indústrias.


A nova medida faz parte de um pacote global de políticas ambientais a qual prevê o aumento de uso de fontes energéticas limpas, o incentivo a companhias para o uso de veículos com baixas emissões de gases ou a instalação de aparelhos redutores de dióxido de carbono; além de regenerar áreas em espaços urbanos, promover a reciclagem de plásticos e eliminar problemas ambientais. Além disso, de 1994 até 2004, o Japão promoveu a instalação de tetos solares em 200 mil residências no denominado "Sunshine Program".


Seguindo essa trajetória, em agosto de 2007, o Ministério de Agricultura do Japão anunciou um projeto de produção de biocombustível através de partes não comestíveis do arroz. Sendo assim, o governo japonês disponibilizou tecnologia para fabricar etanol a partir da palha do arroz. No entanto, infelizmente obtiveram bons resultados apenas nos laboratórios.


Atualmente, o etanol é produzido por meio da cana – de – açúcar e do milho. Entretanto, em outros lugares do mundo já foram descobertos procedimentos para fabricar bioetanol a partir de outros vegetais, como, por exemplo, a mamona e a palha de trigo, revelada pela companhia canadense Iogen.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Fontes renováveis - China - 3/7


China

O consumo anual de energia na China atingirá o equivalente a 300 milhões de toneladas de carvão até 2010, o que representará 10% do total de consumo de energia por ano no país. Visto que a matriz energética da China é baseada essencialmente em carvão e também o consumo per capta do país é cerca da metade do brasileiro, a opção chinesa pelas energias renováveis está associada à sua grande demanda e à estratégia do governo de diversificar ao máximo sua matriz energética para evitar colapsos no fornecimento.

Visto que o país conta com ricas fontes renováveis, das quais são incluídos recursos hídricos, eólicos e solar, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma lançou um programa de desenvolvimento da energia renovável a médio e longo prazo, obtendo uma elevação em seu consumo de 8% para 15%. Porém, para isso, o país prevê um investimento de dois trilhões de yuans.

De acordo com o programa, o consumo de energia renovável em 2010 será de aproximadamente o dobro do nível de 2005, o equivalente a 166 milhões de toneladas de carvão, levando a redução da emissão de 3 milhões de toneladas de dióxido de enxofre e mais de 400 milhões de toneladas de dióxido de carbono.

O país contará com hidrelétricas com capacidade instalada de 190 milhões de KW, e projetos de energia eólica com capacidade instalada de 10 milhões de KW. Além disso, está previsto também projetos de bioenergia que atingirão 5,5 milhões de KW, incluindo propostas de energia solar com capacidade de 300 mil KW.

Atualmente, a China possui 16 usinas nucleares em operação, 7 em construções e construirão 54 novas usinas nos próximos 30 anos. Sendo assim, o país produz 2% de sua energia elétrica através de usinas nucleares e pretende chegar a 4% até 2020, com aumento de capacidade previsto em 40 GW.

Para o desenvolvimento da energia renovável, o país irá promover subsídios estimulando o uso de potenciais eólicos e solares. Sendo assim, as finanças e os impostos centrais adotarão as políticas preferenciais através de ajudas específicas, como redução e isenção de impostos. Além disso, o país intensificará a pesquisa científica e a formação educacional. O governo investirá menos de 20% do total e mais de 80% das verbas serão investidas por empresas, as quais produzirão e venderão energias petrolífera, química e elétrica (petróleo, gás natural e carvão).

Entretanto, o desenvolvimento da energia renovável na China enfrenta dificuldades, tais como, a escassez de recursos petrolíferos e de gás natural e a grande quantidade de carvão na produção de energia do país, portanto, fica difícil sustentar seu desenvolvimento e proteger o meio ambiente contando apenas com combustíveis fósseis.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Fontes renováveis: Brasil (2/7)






Brasil


Um dos acordos firmados entre os participantes da Conferência de Bonn foi que todos os países registrassem seus compromissos concretos do uso de energias renováveis, sua conservação e difusão tecnológica.

Dessa forma, o Brasil assumiu cinco compromissos: implementação do programa “Luz Para Todos”, o qual usará tecnologias convencionais e renováveis; implementação do programa de biodiesel; disponibilização de tecnologia de produção de álcool combustível para uso em mistura com gasolina; ampliação da capacidade de geração de energia hidroelétrica e disponibilização da tecnologia para outros países; e por fim, a implementação do PROINFA, o qual foi criado em 2002 com o objetivo de assegurar um maior número de estados no programa, incentivo à indústria nacional e exclusão dos consumidores de baixa renda do pagamento do rateio da compra da nova energia. Sendo assim, o PROINFA visa à diversificação da matriz energética brasileira, aumentando a segurança no abastecimento; a valorização das características e potencialidades regionais e locais, com criação de empregos, capacitação e formação de mão – de – obra; e a redução de emissão de gases de efeito estufa.

Nesse sentido, o PROINFA alcançou alguns resultados positivos, como a absorção de novas tecnologias, principalmente a eólica. Além da criação de 150.000 empregos diretos e indiretos, de 144 projetos contratados. Ademais a capacidade instalada chega a 3,300 GW com geração de 12,013 GWh / ano. Assim, esse programa conseguiu uma receita de 1.844 R$ milhões / ano, com investimento total de 8.559 R$ milhões e com 6.847 R$ milhões de financiamento. Contudo, prevê – se uma redução da emissão de 2,8 milhões de toneladas de CO2 / ano devido à diversidade da matriz energética brasileira (eólica, biomassa, hidroelétricas e energia solar).
Sendo assim, o Brasil está entre os países que mais utilizam fontes renováveis devido seu uso da água para a geração de energia. Atualmente, mais de 90% da energia gerada provém da hidroeletricidade, da biomassa e do vento. Isso insere o país em uma boa condição frente ao Tratado de Quioto, documento assinado por países que integram a Organização das Nações Unidas (ONU) a fim de reduzir as emissões de gases do efeito estufa e, conseqüentemente, diminuir o aquecimento global.

Atualmente, o setor hidrelétrico representa 83% de capacidade instalada; os 17% restantes são gerados por termelétricas, que usam as fontes mais variadas, como a energia nuclear e gás. Dessa forma, o Brasil possui um dos maiores potenciais hidrelétricos do mundo, além disso, como o país está em crescimento, sua demanda por energia é cada vez mais ampla. De acordo com o Plano Decenal de Energia Elétrica 2006/2015, o sistema brasileiro passará a contar com mais de 10,6 mil MW gerados pelos rios nos próximos quatro anos. Até 2015, serão mais 31,1 mil MW.

Contudo, tanto esse projeto quanto o Plano Nacional de Energia (que tem horizonte para 30 anos) são desenvolvidos levando – se em conta as diretrizes do novo Plano Nacional de Recursos Hídricos.Para conseguir captar todos esses recursos o governo realiza programas de incentivo às fontes alternativas de energia elétrica, os quais englobam planos de apoio da Eletrobrás, BNDS, BB, BNB, ADA, ADENE e CEF.

OBS: As fontes serão colocadas ao final da serie das 7 repostagens

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Fontes renováveis - Introdução (1/7)

Capitulo 1

Cerca de um terço da população mundial não possui acesso a nenhuma fonte de energia. Enquanto isso, alguns países desenvolvidos convivem com altos níveis de desperdícios, sendo que um quarto da sua população mundial consome cerca de três quartos dos recursos do planeta.
Visto que a energia mundial é um produto fundamental para a melhoria das condições de vida e visando o progresso econômico das sociedades, os países estão em busca do aproveitamento das fontes mais baratas disponíveis, porém para isso, há a dependência das condições naturais locais e de disponibilidade tecnológica.

Contudo, muitos países desenvolvidos, mas poucas fontes primarias de energia tem investido no desenvolvimento tecnológico voltado ao uso de fontes renováveis de energia, os quais se destacam a Alemanha, o Japão e os EUA. Seus focos principais são a preocupação com o meio ambiente e com a redução da dependência de fontes de energia importadas.


Dessa forma, partindo da Alemanha, 154 países se reuniram em Bonn, entre 1 e 4 de Junho de 2004, para discutir a temática das energias renováveis. Este encontro representou promover a massificação do uso das fontes renováveis visando à ampliação do acesso a energia para cerca de um terço da população mundial.


No Brasil é estimada que 12 milhões de pessoas não possuam acesso a energia elétrica. Entretanto, há países em pior situação de acordo com os dados apresentados durante esse evento, os quais indicam que em alguns lugares esse índices alcança oitenta 80%. Sendo assim, seria necessária a ajuda de fundos internacionais para auxiliar as regiões e países nessa situação. Contudo, os resultados alcançados durante a conferencia se limitaram apenas a alguns anúncios de mais recursos bancados, em sua maior parte, pelo governo alemão. Alem disso, entre 1990 até 2004, o Banco mundial elevou de 4% para 14% de sua carteira o montante reservado para Energia Renovável e Eficiência Energética, representado um montante de US$3,1 bilhões.


Contudo, os totais dos investimentos mundiais em energia renovável saltaram de cerca de US$ 6 bilhões em 1995 para aproximadamente US$ 20 bilhões em 2003. Porém, apesar do avanço ainda são necessários captar mais recursos.


Visto isso, nosso trabalho tem o intuito de analisar as diversas fontes de energia renováveis adotados pelos países que se desenvolveram tardiamente. Com isso, poderemos comparar os distintos fatores que levaram o Brasil, China, Índia, Coréia e Japão a tomaram certas posturas em relação a preocupação do suprimento de energia e com meio ambiente. Então essa foi a primeira reportagem de uma serie de sete. Falarei sobre cada país desses que seguem Brasil, China, Índia, Coréia e Japão.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Gustavo Ferrara por Gustavo Ferrara

Gustavo Hildebrand Ferrara.

Formado em Administração de Empresas pela FACAMP. Ao entrar no curso começou a trabalhar no Laboratório ADV – Tayuyna, onde permaneceu por um ano. No final de 2002 passou a desenvolver trabalho voluntário junto a faculdade, participando com da fundação dos Diretório Acadêmico da FACAMP e das Atléticas da faculdade onde passou por grandes alegrias construiu muito. Em 2005 estagiou na Siemens dentro da área de controladoria. Com o final do estágio, migrou para a indústria farmacêutica EMS, na área de marketing estratégico, com o foco no produto Energil C. Seguindo seu sonho de trabalhar com mercado, fez a pós-graduação na UNICAMP, em Marketing Organizacional, se apaixonando por estudos de mercado e análise de negócios. Voltou para faculdade para cursar Economia decidindo assim que daria continuidade à sua vida com a carreira acadêmica. Hoje é professor da FACAMP, na área de Administração de Empresas. Faz mestrado em engenharia civil na área de Recursos Hidricos, Energéticos e Territorial. Gustavo comenta: "Minha paixão é trabalhar com mercado e desenvolver estratégias, estudos para desenvolvimento de novos produtos, projetos e negócios. Alem de construir o conhecimento e transmitir meus ensinamentos através das minhas aulas." Esses fatores o motivam a construir a empresa HildeBrand Marketing. É um sonho que se realiza a cada dia. E a vida não é feita de sonhos?